quinta-feira, 7 de novembro de 2013

As capas das revistas!!!

Santo Deus!!! Parece que andam em competição, qual a capa da revista que apresenta mais desgraças da vida de algúem conhecido, ou alguém que entra num programa de enteternimento ( big brother) que quase ninguém conhece...  Para mim é um fenómeno demasiado estranho, vão vasculhar ao ínfimo as vidas das pessoas, não importa se têm filhos, mães ou animaís de estimação, interessa devastar tudo à volta. Maria vive no bairro da lata, não liga à filha, deve dinheiro ao homem dos frangos com quem já teve um caso, tem mais 7 filhos de anteriores casamentos com homens que não querem trabalhar e fugiram da prisão. Rui cuspiu no chão, partiu uma perna e está à beira da morte, tem dividas acumuladas por apostar no jogo do galo, sua mãe pede na rua e tem uma doença má, vive à 5 anos sem dentes!



Dizer Mal dos Outros, Ouvir Falar Mal de Nós (Bertrand Russell)
Uma das formas mais universais de irracionalidade é a atitude tomada por quase toda a gente em relação às conversas maldizentes. Muito poucas pessoas sabem resistir à tentação de dizer mal dos seus conhecimentos e mesmo, se a ocasião se proporciona, dos seus amigos; no entanto, quando sabem que alguma coisa foi dita em seu desabono, enchem-se de espanto e indignação. Certamente nunca lhes ocorreu ao espírito que da mesma forma que dizem mal de não importa quem, alguém possa dizer mal deles. Esta é uma forma atenuada da atitude que, quando exagerada, conduz à mania da perseguição.


Exigimos de toda a gente o mesmo sentimento de amor e de profundo respeito que sentimos por nós próprios. Nunca nos ocorre que não devemos exigir que os outros pensem melhor de nós do que nós pensamos a respeito deles e não nos ocorre porque aos nossos olhos os méritos são grandes e evidentes ao passo que os dos outros, se na realidade existem, só são reconhecidos com certa benevolência. Quando o leitor ouve dizer que alguém disse qualquer coisa desprimorosa a seu respeito, lembra-se logo das noventa e nove vezes que reprimiu o desejo de exprimir, sobre esse alguém, a crítica que considerava justa e merecida, e esquece-se da centésima vez em que, num momento de desatenção, afirmou a respeito dele o que julgava ser a verdade. Esta é a recompensa, perguntará a si próprio, de toda a minha longa indulgência? O problema, visto do lado oposto, apresenta-se de uma forma diferente: ele nada sabe das noventa e nove vezes em que o leitor se calou, conhece apenas a centésima vez em que falou.

Bertrand Russell, in "A Conquista da Felicidade"
 
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